terça-feira, 30 de setembro de 2008

Dia das Secretárias


Tcha, tcha tcha
Minha secretária

Tcha, tcha tcha
Minha secretária


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Don Juan


Henrique no carro com as irmãs. Vovó dirigindo e falando sozinha.
-Tenho que marcar o salão para pintar o cabelo. Já passou da hora.
Alice, como sempre, massacra:
-Uai, vovó. Você não acha que se Papai do céu fez você assim, com os cabelos branquinhos é porque ele prefere você assim?

Minha mãe engole seco, rateia, gagueja e resolve não responder.
-....
Mas a tirana insiste:
-Hein, Vovó. Você não acha?
Buscando sair pela tangente, a vovó pensa rápido:
-Vou pintar os cabelos pra eu ficar uma velhinha lindinha.
E busca adesão:
-Você não acha, Henrique, a Vovó uma velhinha lindinha?
E ganha um balde de água gelada:
-Não.
-Nossa, Rique. Você falava que achava a vovó uma velhinha lindinha. Não acha mais?
-Não. Não acho.
Vovó arrasada ainda esperneia:
-Não???

E recebe, então, o mais deicioso dos elogios:
-Acho você lindinha... não acho você velhinha.

sábado, 27 de setembro de 2008

Porgy and Bess

Olha só que bonito. Carlos Fernando e Marisa Monte cantando "Bess, you is my woman now" de "Porgy and Bess".
Carlos Fernando arrasa e até ofusca a irrepreensível Marisa. Acho até que ela dá umas rateadas nos agudos (chata, eu? cê ainda não viu nada).
Alguém sabe o nome desses "glissandos" que ele faz?
Gershwin é tudo!
A dica eu peguei do Desculpe a poeira

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Entre a cruz e a caldeirinha

Como conciliar postagens familiares como as daqui do Licor com Rebu, ou lá na comunidade da escola das crianças com as postagens deliciosamente sórdidas do Sergio Faria no Catarro Verde?

Aqui... o mais puro e bucólico ar familiar... lá um caldo fervilhante de um humor bem pesado somado à críticas ácidas e diretas.

Só consigo conviver nos dois espaços sem conflitos existenciais por que percebi que não preciso escolher um ou outro... posso ter e ser os dois!

É a pós-modernidade mesmo.

Tou dentro!

Dá-lhe Piaget

Eu e as crianças, voltando da natação da Teté. O clube é uma lindeza: gente de todos os esportes correndo, muitas flores, barquinhos, lagoa e até uns macaquinhos fofíssimos e completamente antiecológicos coitados, com estômagos lotados de pipoca, pirulitos e...chips. Minhas crianças adoram.
Nesse dia estávamos, eu e meus filhotes, andando e comendo os nutritivos fandangos e cheetos quando o Henrique, 3 anos, do alto do estágio pré-operatório dá o berro:
-Meu chips acabou, quero mais.
-Rique, você ainda têm dois cheetos, come esses que tá bom.
-Mas eu quero quatro, eu quero quatro, EU QUERO QUATRO!
E eu só consigo pensar:
-E agora quem poderá me salvar?
Rapidamente, parto cada um dos cheetos restantes em duas partes e....voilá!
-Pronto Rique, agora você tem 4 apetitosos chips.
-....
-....
-Oba! Obrigado, mamãe.

É isso aí. Salve São Piaget!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Auto-plágio



Li, não sei onde (acho que na revista Língua Portuguesa do mês passado), que nunca se viu tanto auto-plágio quanto na produção científica atual. O sujeito escreve um negócio e se autoreferencia o resto da vida.
Pois é....
Buscando uma aproximação com o meio acadêmico aí vai, de novo, o comentário, do Rodrigo sobre a qualidade das produções para criança, no Brasil.

A pedido da minha mulher vou postar aqui uma crítica que escrevi no site da escola das nossas crianças. A crítica trata deste referido post e sobre uma peça que assistimos na época em que Andréia havia lido estes parâmetros e havia também postado este assunto por lá.

Originalmente postado em Doce Infância no dia 17 Junho 2008 às 11:34 com o título:

"Virou mexeu... caímos."

Diz um cliente meu, lá do Rio de Janeiro, que não importa o quão experiente você possa ser, o quanto você saiba sobre um determinado assunto ou produto.

Mesmo os mais experientes e conhecedores do assunto, os especialistas: Virou mexeu... são expostos (ou sofrem a exposição) à má qualidade ou fazem besteira.

Até os especialistas compram errado, contratam errado, vão à lugares errados... sob a ótica da especialidade é claro, pois em cultura não existe certo ou errado, existe o que acrescenta, o que não faz diferença e o que é melhor não perder tempo para ver.

(Se você descobrir mais uma classificação comente aqui por favor...)

Mesmo sabendo sobre os pecados para as obras infantis, tem vezes que não há informações suficientes em uma capa ou uma resenha para que possamos escolher sem erro.

Esta semana mesmo... soubemos da peça que ia passar no domingo... olhamos no Youtube, no Yahoo, tudo o que vimos de informação parecia ser muito legal.

Propaganda enganosa...

As crianças gostaram, mas gosto não faz parte de nenhum parâmetro avaliativo decente, pois como diz um velho ditado, gosto não se discute... se lamenta.

A peça "Gibi" que passou neste domingo(15/06/2008) no Centro Cultural Usiminas cometia com louvor TODOS os sete pecados descritos aí em cima. Parece que o autor seguiu o manual à risca!

Noções ambientais de baixo calão, rasas, óbvias, infantilizantes. Linguagem pobre, rimas tão ricas quanto um pano de chão esfarrapado e sujo. Mal ensaiado, desenho animado feito às pressas no limite da possibilidade do autor, narração e falas moralizantes. Nomes óbvios... enfim... só salvavam os bonecos e o cenário, muito bem feitos e bonitos, porém mal conduzidos.

Confesso que naquele dia eu preferia ter ficado em casa olhando para o teto e vendo a lagartixa caçando pernilongo... Seria mais educativo, teria mais trama e emoção, seria mais ecológico e nós não teríamos desperdiçado duas horas da nossa vida corrida com aquilo.

Penso que o espaço de mídia é muito caro para que seja desperdiçado com lixo. É um monento nobre, que damos atenção máxima ao que está passando.

- Ah... é fácil criticar, todos dirão, fazer é que são elas...

Exatamente, fazer é que são elas... e quem fez esta peça também não sabe fazer.

Para fazer a pessoa precisa ter critérios e um mínimo de auto-crítica para saber que fazer não basta.

Não é 'qualquer coisa' para suprir o 'nada' ou para ganhar a vida.
'Nada' muitas vezes é muito melhor que coisa ruim, e ganhar a vida deve ser um parâmetro de continuidade e não um momento único de faturamento.

Ainda mais em um espaço importante e caro como o nosso único teatro de 700 lugares, com agenda lotada para os próximos 12 meses.

Não culpo a direção de eventos do teatro, imagino que eles devam ter aceitado passar a peça com base nas mesmas informações que nós tivemos. Antes da peça eu também indicaria. Mas vale assistir as coisas antes de contratar... isso sim.

É o que meu cliente dizia... mesmo o melhor especialista também compra errado e é enganado.

O bom de ver lixo é só um: apredemos a valorizar as coisas boas.
Pode ser esta a estratégia dos nossos produtores de eventos...

Confiemos no futuro.

domingo, 21 de setembro de 2008

O PIANISTA e as características do sobrevivente.

Ontem eu e Andreia assistimos ao DVD "O Pianista"

Vou economizar as questões de ficha técnica e sinopse do filme, que vocês podem encontrar em "O Pianista" que estão maravilhosamente explicadas no blog do "Adoro Cinema"

Começamos achando o filme chato, batendo na mesma tecla (é claro... é um pianista), com apelações demais para as maldades feitas com crianças, coisa que eu e Andreia sofremos de grande sensibilidade por motivos óbvios.

Mas eu gosto de insistir em filmes, pois sempre quero saber até onde vai o pensamento do diretor, nada menos que Roman Polanski, que nada tem de óbvio e chato.

O filme provou sua qualidade por ter ficado em nossa discussão por longas horas e fomos interpretando alguns fatos e chegando à algumas ótimas conclusões:

1- Chopin, o compositor das músicas principais deste filme, segundo minha mulher, é tido pelos pianistas como um autor "fino do brega" aquele que faz acrobacias com as notas "só para aparecer" e que tem dificuldade em terminar um assunto(ela sabe que vão acabar com ela por causa desta afirmação). Em toda formatura de pianistas tem sempre alguém que toca Chopin (perdoem-me a generalização) e que ele teria temas batidos demais... Esta conclusão nos fez pensar na genialidade do Polanski, que trouxe um tema que já foi explorado até a exaustão, que não pode deixar de ser lembrado para que não volte a ocorrer. Ou seja, assunto que não deve acabar nunca, como nas músicas de Chopin!

2- A capacidade de sobrevivência do personagem. Como se trata de história verídica resolvemos pensar nas qualidades de sobrevivente dele. Um cara quase "Forest Gump", meio que alheio ao
mundo e preocupado apenas em continuar vivo. Capacidade adquirida apenas porque ele foi separado da família, tivesse ele que se preocupar com alguém ou se mantido junto da família esta história não chegaria até nós.

A questão, no final, foi... e nós? Teríamos esta capacidade de sobreviver como ele, às perseguições, fome e solidão?

Andreia acha que não, ficar sozinha em um apartamento por 2 anos, em silêncio e com fome seria impossível para ela. Eu, penso que esta foi a parte fácil da coisa... minha dificuldade seria ficar pendurado em um telhado enquanto os caras atiram em mim e ter a incrível idéia de deitar ao chão e fingir de morto ao passar uma coluna de soldados marchando por mim.
Aí, o inevitável pensamento... e nossos filhos? Teriam a capacidade de sobreviver?

Eu disse que não, pois eles são desobedientes e a qualquer ordem de ficar quietos, serem rápidos ou de se abaixar eles perguntam antes de me obedecer: "- Por quê que eu tenho que fazer isso?" E isso me exaspera...

Mas, Andréia, mãe que é, acredita que sim e lembrou de um caso que ocorreu aqui há 3 semanas atrás: no domingo ao entardecer, estávamos no escritório, luzes já acesas e começou aquela revoada de cupins que aparecem nesta época do ano.

Foi aquela correria, apagar as luzes da casa, pegar potes com água para pegar os insetos nojentos, matar cupins no chão, coisa que eu e ela corremos por 1 hora para salvar nossa casa dos invasores alienígenas.

Quando a coisa acalmou ela percebeu que nossas crianças haviam sumido e estavam quietas e foi procurá-las... encontrou-as agrupadas em um canto mínimo do sofá da sala de televisão em absoluto silêncio. Na hora, ela não percebeu onde estava a Isabel, a mais nova, nosso bebê de quase 2 anos e perguntou: -Onde vocês colocaram a Isabel? E a pequena põe a cabeça para fora do bolo de crianças e diz, com aquele olhar e sorriso de quem não está entendedo nada : - achôooo!

É ... eu acho que eles sobreviveriam sim... mas prefiro que não tenham necessidade de provar nada!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A vítima e o puxa-saco


Quem me conhece, sabe da confusão.
Acordar 05:30, pentear três cabeças, trocar duas fraldas, dar banho na Alice (quando ela faz xixi na cama), colocar os uniformes, escovar 86 dentes... Daí colocar 3 dos 4 no carro, amarrar os cintos, deixar na escola (que é do outro lado da cidade) às 7:00 e voar pro trabalho.
Normal...
Mas outro dia, ainda por cima rolava um stress (ou estresse) geral. E eu tive que fazer isso tudo debaixo de gritos, manha, pirraça e choro. Quando terminei de afivelar o cinto da última fera eu estava acabada... morta... um farrapo.
Só consegui, entre lágrimas murmurar:
-Não é possível, a mamãe está acabada. Olha o que vocês fizeram. Mamãe está exausta, triste, cansada. Como é que a Mamãe vai trabalhar, assim? Até o Rique, que é o menor, deu menos trabalho que vocês. Que absurdo!
Lá de trás a voz do Rique, que lisonjeado percebeu a chance de ascender na escala doméstica:
-É mesmo, Mamãe. Eu é que sou bom.
Respondi, com lampejos de raiva e ainda no papel de vítima:
-Fica na sua, Rique. Mas eu quero saber, respondam. Eu mereço isso? A Mamãe merece ser tratada assim?
E ganho, do Rique, que entendeu patavinas, a resposta que vale o dia:
-Merece, Mamãe. Você merece isso e muito mais.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Oktapodi

Esse vale a pena!
Delícia de animação sobre o alucinante e alucinado amor entre dois polvos "deliciosos".
O trabalho é uma produção da escola de animação francesa Gobelins.

Mangá


Já se imaginou num desenho japonês?

Este site permite que você crie milhares de caricaturas inspiradas nos traços do mangá.

Estela adorou. Eu achei um barato!


A dica é daquele jornalista de quem eu falo sempre: Ricardo Lombardi

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Meus 15 minutos de fama

Iuhuuu!!!
O Licor com Rebu saiu no "Pensamentos de uma batata transgênica"!
Ganhei o dia!
Dá só uma olhada aqui

Jabuti





No dia 27 de agosto saiu a lista com os finalistas do Premio Jabuti 2008.
Pra quem se interessa por literatura, essa é uma notícia importante.São vinte categorias, mas aqui, vou falar de duas que, acredito, nos tocam, por motivos óbvios: Melhor ilustração de livro infantil ou juvenil e Melhor livro infantil.
O resultado final, com os três vencedores de cada categoria, sai em 23 de setembro. Até lá dá pra brincar de banca e eleger seu campeão.


sábado, 6 de setembro de 2008

Te cuida, Andréia

Essa animação -Kutoja- vem da Finlândia. Prêmio de público em fantoche, Suíça 2005.
Está no DVD "O melhor de Anima Mundi IV"



Sete pecados com a Turma do Papum




Sete pecados com a Turma do Papum


E quem foi ao Teatro do Centro Cultural neste fim de semana (Gibi - Turma do Papum), pode assistir a uma lamentável demonstração dos "Sete erros de uma obra para crianças" apontados no post abaixo.

Na verdade não foram só sete, o espetáculo é completamente equivocado. Mas os erros abaixo são, para mim, os mais absurdos:


- Texto raso e previsível. Daqueles que, o espectador assite à primeira cena e já sabe exatamente aonde a coisa vai chegar. A dureza é ter que esperar o final.


- Vilões e mocinhos estereotipados. E a tristeza aqui é não poder se identificar nem com o vilão Labareda, completamente imbecil, e muito menos com o mocinho canastrão Super X


.- Rimas miseráveis. Os pseudo-autores insistem em gritar "Muita animação, aventura de montão". Concordo com a carolina Costa: prendam esses infelizes! Fico pensando na produção cultural brasileira para crianças... Tantos autores, músicos, ilustradores espetaculares e um espaço tão importante, desperdiçado.



Ando pensando ultimamente que o que falta mesmo é o espaço da crítica.

Quem se habilita?

Literatura para Crianças?




Existe literatura para crianças? Literatura infantil tem l minúsculo?
O assunto é polêmico, eu sei. Até aí, novidade nenhuma. Mas dêem uma olhada no texto que encontrei na revista Língua Portuguesa deste mês (apresentada a mim pela Érica, professora da Estela). O texto abaixo é da Carolina Costa.
MANUAL DO LIVRO INFANTIL IMBECILIZANTE
Conheça os sete pecados de uma obra literária para crianças
1. DIMINUTIVINHOS
Não é precisa escrever para criancinhas desse jeitinho: elas detestam que as tratem como bobinhas.
2. NOMES ÓBVIOS
Gato Miau, O cachorro Au Au, Borba a Leta e outras maravilhas da criatividade humana.
3. RIMAS MISERÁVEIS
Alguém prenda esses autores que rimam amores com flores e coração com paixão!
4. CRIANÇA-ADULTO
Poucos, como os criadores de Mafalda e Calvin, sabem fazer isso com a ironia e graça necessárias.
5. MORAL DA HISTÓRIA
Usar literatura para moralizar é coisa de autor que nunca teve infância.
6. DIAGRAMAÇÃO HISTÉRICA
Hiperlinks, curiosidades, fotos, ilustrações, linha do tempo, ufa! Cadê a literatura?
7. ILUSTRAÇÕES LITERAIS
Texto e ilustração devem se complementar e não ser redundantes. Se a imagem é uma mera transposição, para que ler?
Abaixo, um site para quem quer se aprofundar no tema:
www.dobrasdaleitura.com